O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, apresentou uma proposta durante uma reunião do Grupo de Trabalho encarregado de discutir a reforma sindical na última quinta-feira (5). Ele afirmou que as entidades patronais que controlam atualmente o Sistema S podem precisar compartilhar a gestão e os recursos que recebem com sindicatos. Líderes sindicais pedem rotatividade na presidência das entidades patronais e uma composição paritária entre representantes de empresários e trabalhadores nos conselhos (nacional, fiscal e regional) do Sesi, Senai, Sesc e Senac.

O Grupo de Trabalho da Negociação Coletiva enfrenta um impasse em relação à contribuição negocial, que foi considerada constitucional pelo STF. Os empresários são contra a cobrança, enquanto os líderes sindicais afirmam que ela é importante para financiar suas atividades. Diante disso, Marinho sugeriu que a pasta pode aumentar a participação das entidades sindicais no Sistema S. Além disso, as entidades patronais teriam que dividir os valores que recebem, o que poderia ajudar na saúde financeira dos sindicatos.

O Sistema S é financiado por impostos calculados sobre as folhas de pagamento de empresas do setor industrial, comercial e de serviços. Uma parte da arrecadação é repassada para entidades sindicais patronais, como a Confederação Nacional da Indústria e a Confederação Nacional do Comércio. Segundo uma reportagem do jornal Valor Econômico, em 2016, as confederações nacionais e federações regionais de indústria e comércio receberam quase R$ 1 bilhão com esses repasses.

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